Já que não lhe baixam o IVA...
Maio 12, 2020
Sérgio Guerreiro
É já dia 18 que muitas unidades hoteleiras abrirão as portas mas em condições adversas. Há muito ( demasiado tempo até ) que as portas estão fechadas e a saudade dos tachos aperta. Toda a envolvência turística onde naturalmente cabe a restauração, representa cerca de 18% do nosso PIB. Este sector é relevante para o desenvolvimento das suas regiões e é urgente um apoio mais robusto por parte de quem manda nisto tudo. A exigência da redução do IVA, tal como fez a Alemanha é premente, mas enquanto isso não acontece, porque creio que não vai acontecer, pelos menos que seja abolido aos empresários e já este ano de 2020 (e não me canso de o escrever ) suspenso a obrigatoriedade de entregar ao Estado, o pagamento por conta. A estes e a todos.
Para quem tem imóveis afectos à sua actividade uma isenção de IMI por parte da autarquia local também seria uma medida a refletir.
Mas quanto ao IVA e à semelhança daquilo que a Alemanha fez, Portugal podia seguir-lhe as pisadas. Muitas unidades hoteleiras não poderão sobreviver nas condições de hoje e com a carga fiscal que sobre elas pesa. O apoio às empresas não é só linhas de crédito e moratórias, mas sim um apoio directo à tesouraria, com medidas de alívio fiscal. E a receita que se perde ? A receita que se perde, terá que ser saldada pela despesa que o Estado faz, e muita há desnecessária. E agora é hora de pensar em saber fazer contas. Que se lembrem que as unidades hoteleiras representam um importante peso na economia, é que delas muitas famílias dependem. O custo social de não apoiar este sector agora e já mas condignamente será muito maior para todos nós amanhã.
Que se lembrem disto quem manda nisto tudo!