Está de volta. Catorze anos depois.
Junho 09, 2021
Sérgio Guerreiro
Aquele que denunciou o esquema financeiro conhecido por Dona Branca e chegou a sentar um jornalista anonimamente na bancada do PSD no Parlamento para uma reportagem sobre o que os deputados (não) faziam, está de volta passados que foram catorze anos.
O jornal, que nasceu em 1980, chegou a vender mais de 150 mil exemplares por semana e fechou em 2007, renascendo após o lançamento do livro “Tal & Qual – Memórias de um jornalismo”.
A empresa “Parem as Máquinas – Edições e Jornalismo” responsável pelo regresso do título Tal & Qual às bancas, conta com Carlos Cruz e Joaquim Letria, fundador do título, que assina a coluna de opinião na última página. Apenas com 16 páginas e com um custo de 1€, o Tal & Qual é um jornal semanário que estará nas bancas à quartas feiras. Esperasse que irreverência, a marca que sempre distingui o Tal & Qual dos restantes jornais, continue a ser o que sempre foi. Hoje, e cá por casa, a minha memória fez uma pequena viagem até à década de 80 quando ainda menino e moço desfolhava o Tal & Qual que o pai ou o irmão comprava às sextas feiras. A relevância deste jornal, a lembrar também a linha editorial do Independente de Portas e Miguel Esteves Cardoso, fazia dos “‘escândalos” políticos a sua génese. É disto, que precisamos de saber e a prova está dada pelo título de primeira de hoje : “ Para poupar uns tostões, deputados vivem em lar de padres”. Há coisas que só sabemos, através dos jornais como o Tal & Qual. Boa saúde e bem haja a João Paulo Fafe - sócio da empresa responsável e ao director do “ novo” semanário, Jorge Morais. Longa vida para o Tal & Qual.