E que tal irmos todos votar?
Setembro 22, 2021
Sérgio Guerreiro
É sempre preocupante, ou deveria de ser, a taxa de abstenção que se regista no nosso país. O próximo acto eleitoral a realizar-se no dia 26 se setembro irá eleger os nossos representantes ao poder local: assembleia municipal, assembleia de freguesia e câmara municipal. Nas últimas eleições autárquicas 45% dos Portugueses não foram às urnas e em 2013 a taxa de abstenção foi ligeiramente superior: 47,4%.
Se o exercício pleno da nossa cidadania está revestido de inúmeras formas, o voto é uma das mais poderosas ferramentas ao dispor de cada cidadão. As eleições autárquicas são aquelas a que talvez damos mais atenção. Conhecemos pessoalmente os candidatos, os elementos das suas equipas e de alguma forma cada um nós está directamente ligado a cada um deles por um qualquer laço. São estas eleições que mais directamente nos dizem respeito e que podem influenciar a nossa vida no dia-a-dia.
Se estes organismos têm o poder de decidir algumas das questões práticas que a todos nós dizem respeito, arguir que não vale a pena ir votar, é transferir para o outro uma decisão pessoal e intransmissível. Quem decide sobre o futuro do nosso concelho ou a nossa freguesia, é quem nós quisermos , e só o poderemos fazer se formos votar para decidir quem desejamos que nos represente.
É importante no dia 26 de setembro, todos nós fazermos parte desta importante eleição e escolher quem vai governar o nosso concelho e a nossa freguesia. Se por um lado todos somos exímios na arte do protesto em cafés e entre amigos, temos agora a possibilidade de também mostrar o respeito por muitos homens e mulheres que morreram para hoje pudéssemos viver num Estado de Direito Democrático onde podemos livremente e sem medos, discutir e opinar sobre o que está bem e o que está mal.
O árbitro deste “jogo “democrático somos nós, sendo os únicos com o poder de manter nos órgãos autárquicos quem ainda decide, quem devemos expulsar ou dar ao “jogo “novos “ players”.
Seria bom desta vez, irmos mesmo todos votar para que depois possamos em consciência exigir o que quer que seja.