A opinião pública que forçou a Europa a tomar decisões.
Março 01, 2022
Sérgio Guerreiro
Esta guerra, que muitos julgavam ser impossível de acontecer, está à nossa porta. Putin, julgaria que rapidamente acabaria com a Ucrânia. Subestimou a sua determinação e a sua coragem . Putin, enganou-se. Pensaria que o assunto se arrumaria depressa e que o povo Russo o apoiaria incondicionalmente.
Mas o povo Russo não está com Putin, e para além das sanções económicas já anunciados, também o Tribunal Penal Internacional abriu um inquérito a fim de averiguar dos possíveis crimes de guerra que a Rússia praticou contra o povo Ucraniano.
Parece não existir dúvida. Putin, não contava com a mobilização do mundo inteiro contra si.
E será essa mesma mobilização que fará a Rússia recuar, seja uma mobilização internacional seja mesmo uma rebelião do próprio povo Russo que dia menos dia poderá acontecer. A história depressa mostrará que Putin abandonará o seu povo o que é típico dos líderes loucos tal como Putin é.
No entanto, este louco, sabia que as sanções económicas por parte da União Europeia e não só, acabariam por chegar. Embora não tão rapidamente como se esperaria, o mundo ocidental pressionava os líderes europeus a tomarem decisões que fossem de alguma forma duras para a Rússia.
A dependência energética foi um dos factores que os líderes europeus tiveram em linha de conta o que resultou num atraso significativo na aplicação dessas sanções. Mas é preciso mostrar a Putin, que os custos desta guerra terão um elevado preço a pagar.
Relembrar que cerca de 40% do gás que consume é proveniente da Rússia.
Mas quem mudou o rumo desta história?
A opinião pública.
Foi a pressão dos povos que mudou o curso de guerra, forçando as lideranças europeias a tomarem rapidamente decisões na aplicação de fortes sanções à Rússia.
Mas creio, com poucas reservas, que a vitória que se aproxima pela liberdade e pela paz pertence também ao próprio povo Russo que está ao lado da Ucrânia e com isto, Putin não contava. Este é só mais louco que será julgado pela história e não só. Na verdade, nós europeus devemos ter orgulho na força que a União Europeia tem demostrando neste conflito. E a verdade é só esta: estamos a caminhar no lado certo da história, muito embora por cá, alguns preferissem estar a caminhar no lado errado. Nós hoje, ainda podemos sair à rua e aproveitar o sol no fim de tarde, mas para muitos, hoje pode ser o último dia para qualquer coisa.