Quando informar se torna em “espectáculo”.
Fevereiro 11, 2022
Sérgio Guerreiro
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Fevereiro 11, 2022
Sérgio Guerreiro
Fevereiro 03, 2022
Sérgio Guerreiro
Poderíamos começar por perceber porque razão Mamadou Ba não respeita ninguém.
Na minha modesta opinião a causa reside num perigoso facto : essencialmente o autoproclamado activista é de facto racista.
A táctica usada é o normal.
Incendia as redes sociais com frases mais ou menos polémicas, ( mais sempre que menos) não respeita a democracia e não combate verdadeiramente o racismo.
Um líder activista que em tese tem o propósito de combate a este flagelo social, não só não o faz, como não ajuda em nada quem verdadeiramente o que quer fazer.
Estou convicto nesta minha afirmação. Sim, Mamadou Ba é um puro racista e não perde uma oportunidade para o demostrar. Polémicas do ativista são inúmeras e de momento é só mais uma.
Após os resultados eleitorais, o autoproclamado ativista escreveu nas suas redes sociais:” Vamos ter 11 suínos na AR, entre eles, um terrorista assassino de extrema-direita. A luta não será na AR, mas na rua! Preparem-se!”.
Fácil será de concluir que a frase tem como referência os recentes deputados eleitos pelo partido Chega.
Mamadou Ba quer e deseja protagonismo, e na verdade consegue alcançá-lo da pior forma possível. É capa de jornais e ainda bem que o é, porque todos ficamos a saber como Mamadou Ba combate quer combater o racismo. Sobre estas graves declarações, da esquerda mais radical não se ouviu nem um piu.
Cada um de nós, seres pensantes e dotados de raciocínio, faz as suas escolhas e concordamos ou não com os outros ( politicamente falando) combatemos à nossa maneira aquilo em que acreditamos. Mas os seres racionais fazem esse combate com elevação, com argumentos e com factos.
Na verdade, o bem e o mal ou o correto e o incorreto são de alguma forma o espelho daquilo que pensamos e de como agimos.
Uma sociedade politizada e consciente, só pode evoluir quando a nossa comunicação enquanto emissores de mensagens para o exterior, discordando das suas ideias, as combate com argumentos válidos procurando encontrar no seu discurso alguma incoerência entre o que se diz e o que se pratica, tentado encontrar nos seus ideais, políticas intolerantes que chocam de alguma forma com os princípios humanos.
Dentro deste quadro, a democracia deve ser respeitada porque é dela que nasce a escolha individual, gostemos ou não dessa mesma escolha.
A consequência do discurso de Mamadou Ba, é reveladora de uma posição antidemocrática, coerente de alguma forma como a sua ideologia, mas no entanto é um discurso que deixa a porta aberta para a intolerância que ele mesmo procura.
A liberdade de expressão não se pode confundir com a falta de entendimento do que é a democracia e dos seus mais basilares princípios e este radicalismo alimentado por Mamadou Ba, causará uma dinâmica perigosa que prejudicará a ainda mais a sociedade Portuguesa do qual todos seremos vítimas.
foto: Diário de Notícias
Fevereiro 01, 2022
Sérgio Guerreiro
O primeiro ato da nova Assembleia da República, é a eleição do (a) Presidente da Assembleia que nas regras Constitucionais é a segunda figura do estado português. Será igualmente eleito os quatros vice-presidentes para que assim seja constituída a mesa da Assembleia para subsistir o(a) presidente na sua ausência.
As regras instituídas, ditam que o (a) Presidente da Assembleia da República é eleito por maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções na primeira reunião plenária da legislatura, tendo o seu mandato a mesma duração (quatro anos) sob proposta do partido mais votado enquanto os quatro vice-presidentes provêm das quatro maiores forças políticas.
Ora, o Chega como terceira força política eleita terá direito a indicar um nome para integrar a mesa da Assembleia da República, com a anuência ( leia-se) votação da maioria de deputados eleitos. Significado isto, que o Chega para materializar e ver um vice-presidente da sua bancada compor um órgão do sistema, precisará de 116 deputados a votarem favoravelmente o seu candidato.
O“ não passarão “ poderá passar também pela não eleição de um vice-presidente do partido de André Ventura( que será que mais certo).
A primeira prova de fogo para vermos como lidar com um partido de extrema-direita começa já nesta eleição para o cargo de vice-presidente e da mesa da Assembleia da República e aguardaremos serenamente pela encenação e o teatro de vitimização do Chega caso não consiga para eleger o seu candidato no órgão mais importante do sistema.