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Melhor Política

Melhor Política

“Se a situação for considerada incompatível com as minhas funções, escolherei a mulher que amo”.

Junho 30, 2021

Sérgio Guerreiro

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A história de Francisco Sá Carneiro e de Snu Abecassis é daquelas que todos nós devemos conhecer.

 

Os factos, remete-nos para  uma época onde na sociedade portuguesa e para o casamento não podia haver outra saída senão mantê-lo a todo custo. Tinha que ser assim.  Historicamente,  a evolução da noção do amor e da figura  jurídica do casamento,  conhecida cono até aqui, confunde-se com a história de Franciso Sá Carneiro e de Snu Abecassis.

 

O homem que podia ter mudado o rumo da política nacional, chocou o país quando decide entre o poder e amor. Um país que se revia em valores tão tradicionais como o casamento onde a família era pilar fundamental para a nação viu toda a sua estrutura histórica abalada por uma figura política que veio desafiar em nome do amor, as leis do costume. 


Um país chocado com a poesia da açoreana Natália Correia e pela a sua maneira de ser, chegando mesmo a afirmar que a história de Sá Carneiro e Snu Abecassis teria sido uma revolução como foi o 25 de Abril de 1974.

 

Sem medo do escândalo, o amor de Francisco Sá Carneiro e de Snu Abecassis, abalou todo um sistema político que se viu obrigado a ponderar entre o afastamento de um político e a sua continuidade, caso este continuasse a manter uma relação com a editora da Dom Quixote.

Uma nação saída  de uma ditadura em que a ética e os valores estavam de tal maneira enraizados onde não era permito amar em liberdade e em verdade, tendo inclusivamente o poder da igreja ter que interferir na questão de Francisco Sá Carneiro na impossibilidade do seu divórcio.

 

Snu Abecassis, Dinamerquesa, chegada com 21 anos a Portugal em 1961, filha de pais separados, aguentou ainda assim o choque cultural. Portugal não era a Dinarmarca, tudo era diferente como até hoje é. 

 

Entre o poder e o amor Francisco Sá Carneiro, um homem à frente do seu tempo, consegui por toda uma sociedade sedenta de mudanças, a repensar a sua forma estar e de actuar.

 

O que poderia ter acontecido depois ninguém sabe , mas o que podemos concluir é simples: Portugal mudou e houve um homem que desafiou a normalidade da sociedade de então, pondo em causa os costumes e as mais tradicionais regras nunca antes postas publicamente em causa, querendo o destino que esta história tivesse um fim a 4 de dezembro de 1980 como são sempre as mais belas histórias de amor. 

Está de volta. Catorze anos depois.

Junho 09, 2021

Sérgio Guerreiro

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Aquele que denunciou o esquema financeiro conhecido por Dona Branca e chegou a sentar um jornalista anonimamente na bancada do PSD no Parlamento para uma reportagem sobre o que os deputados (não) faziam, está de volta passados que foram catorze anos.

 

O jornal, que nasceu em 1980, chegou a vender mais de 150 mil exemplares por semana  e fechou em 2007, renascendo  após o lançamento do livro “Tal & Qual – Memórias de um jornalismo”.

 

A empresa “Parem as Máquinas – Edições e Jornalismo” responsável pelo regresso do título Tal & Qual às bancas, conta com Carlos Cruz e Joaquim Letria, fundador do título, que assina a coluna de opinião na última página. Apenas com 16 páginas e com um custo de 1€, o Tal & Qual é um jornal semanário que estará nas bancas à quartas feiras. Esperasse que irreverência, a marca que sempre distingui o Tal & Qual dos restantes jornais, continue a ser o que sempre foi. Hoje, e cá por casa, a minha memória fez uma pequena viagem até à década de 80 quando ainda menino e moço desfolhava o Tal & Qual  que o pai ou o irmão comprava às sextas feiras. A relevância deste jornal, a lembrar também a linha editorial do Independente de Portas e Miguel Esteves Cardoso, fazia dos “‘escândalos” políticos a sua génese. É disto, que precisamos de saber e a prova está dada pelo título de primeira de hoje : Para poupar uns tostões, deputados vivem em lar de padres”. Há coisas que só sabemos, através dos jornais como o Tal & Qual. Boa saúde e bem haja a João Paulo Fafe - sócio da empresa responsável e ao director do “ novo” semanário, Jorge Morais. Longa vida para o Tal & Qual.

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